segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O Invencível - um longo filme que termina na metade


É sempre complicado assistir a filmes biográficos. Sendo um filme, já torna-se, obrigatoriamente ficção, sendo ficção, a biografia não é válida. Ao contrário do que aconteceu com “O Jogo da Imitação”, onde não teve a possibilidade de ser autobiográfico, somente se utilizou a visão de terceiros, em “Invencível”, tem-se a perspectiva autobiográfica, mas de nada adianta. Mantém-se ficcional.

Ficcional romantizado, várias inclusões no filme não foram reais, mas acharam que cairia bem na história contada. A história em si é mesmo surpreendente! Verdadeiro caso em que temos consciência de que tudo sempre pode piorar. E que, quando já não há mais esperanças, a vida vira um filme. No derradeiro instante o sol nasce, todos estão salvos.

A construção do filme peca em alguns momentos, acredito que com uma história como a que é narrada, poderia ter nascido um filme memorável, não foi o que aconteceu. Não é um filme ruim, mas parece que termina na metade, tudo se mantém no ar, maiores explicações não são dadas sobre nada, fica tudo no ar. O desconhecido Jack O’Connell surpreende em uma excelente atuação que fez valer a ida ao cinema. Já a conhecida Jolie não foi muito feliz na direção.

A história de “Louie” Zamperini valeu a pena ser contada e foi interessante assistir. Devo admitir que foi difícil ver os japoneses como os malvados da história, eles com tantos códigos morais agindo de forma tão amoral... Mas, guerra é guerra, acredito que a imoralidade acabou reinando em ambos os lados ao menos no que tange ao tratamento dispensado aos prisioneiros de guerra. O filme vale a pena ser assistido, é muito interessante, mas não é uma obra prima!

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