É sempre complicado assistir a
filmes biográficos. Sendo um filme, já torna-se, obrigatoriamente ficção, sendo
ficção, a biografia não é válida. Ao contrário do que aconteceu com “O Jogo da
Imitação”, onde não teve a possibilidade de ser autobiográfico, somente se
utilizou a visão de terceiros, em “Invencível”, tem-se a perspectiva
autobiográfica, mas de nada adianta. Mantém-se ficcional.
Ficcional romantizado, várias
inclusões no filme não foram reais, mas acharam que cairia bem na história
contada. A história em si é mesmo surpreendente! Verdadeiro caso em que temos
consciência de que tudo sempre pode piorar. E que, quando já não há mais
esperanças, a vida vira um filme. No derradeiro instante o sol nasce, todos
estão salvos.
A construção do filme peca em
alguns momentos, acredito que com uma história como a que é narrada, poderia
ter nascido um filme memorável, não foi o que aconteceu. Não é um filme ruim,
mas parece que termina na metade, tudo se mantém no ar, maiores explicações não
são dadas sobre nada, fica tudo no ar. O desconhecido Jack O’Connell surpreende em uma excelente atuação que fez valer a
ida ao cinema. Já a conhecida Jolie
não foi muito feliz na direção.
A história de “Louie” Zamperini
valeu a pena ser contada e foi interessante assistir. Devo admitir que foi
difícil ver os japoneses como os malvados da história, eles com tantos códigos
morais agindo de forma tão amoral... Mas, guerra é guerra, acredito que a
imoralidade acabou reinando em ambos os lados ao menos no que tange ao
tratamento dispensado aos prisioneiros de guerra. O filme vale a pena ser
assistido, é muito interessante, mas não é uma obra prima!
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