sábado, 25 de julho de 2015

A Coisa




Iniciar esta postagem com esse título foi proposital para indicar a ambiguidade. Posso estar falando sobre o filme de 1982 de John Carpenter, ou do filme de 1985 de Cohen, posso ainda estar falando do filme de 2011 do diretor Matthijs van Heijningen Jr. ou talvez sobre a obra de Stephen King. Mas, afinal, qual o motivo de obras diversas terem o mesmo nome? Uma total falta de imaginação? Não! A questão é, mais uma vez, um grande problema com a tradução dos filmes e o desleixo com que é tratada esta questão.

Imagina-se que a tradução do nome original do filme é sempre a escolha mais indicada. Quando não é possível, por alguma questão semântica ou pelo nome já ter sido utilizado e consagrado, aí sim, teríamos uma escolha pela aproximação ou inclusão de um subtítulo. 



Desgraçadamente, o primeiro “A Coisa” que em inglês é The Thing não teve a sorte da aproximação e ficou com o nome de “O enigma de outro mundo”, tipo nada a ver! O segundo filme é de 1985, do diretor Larry Cohen, efetivamente tem o nome “A Coisa” no Brasil e, originalmente tem o nome The Stuff. Nesse caso a tradução não meteu os pés pelas mãos. O problema, entretanto, é que em 2011 foi lançado o filme The Thing que contava a história do que ocorreu imediatamente antes do filme de 1982, e desta vez, a tradução foi como “A Coisa”, vê a confusão?




Já em 1990 foi lançado o filme “It – Uma obra prima do medo”, o nome original era só “It”, assim como o livro do Stephen King, no qual se baseou o filme. O nome do livro em português, aliás, era, adivinhem só, “A Coisa”.


Então qual é a questão de toda essa coisa? Ao que parece o pessoal que faz toda a tradução adoram usar a palavra “coisa” para compensar seja uma falta de conhecimento do léxico, seja por não acharem os filmes relevantes, ou talvez porque os nomes originais não chamariam público. Fato é que não cabe mais esse nome para obra alguma...



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