Um filme morno. Acredito que essa
frase defina “O Jogo da Imitação”. O filme conta a história de como Alan Turing
conseguiu quebrar o código alemão construindo uma máquina que foi a precursora
de nossos amadíssimos computadores. Claro que é uma história interessante, mas
até que ponto é verdade e até onde é ficção? É difícil remontar a vida de
alguém quando este alguém já morreu há tempos...
O filme para ter sido preparado
para Benedict Cumberbatch brilhar, e sim, ele brilha! Está excepcional, aliás, como
sempre. Cumberbatch está presente em praticamente todas as cenas do filme, os
outros atores são, nada menos que secundários e quase objetos em cena,
Cumberbatch brilha! O único senão, para mim ao menos, em sua interpretação é
que seu personagem, Alan Turing e seu personagem, Sherlock Holmes (série) estão
bastante similares, o que em si não é um problema, mas quem assiste a série,
com certeza não teve como não notar. Se esta foi uma preferência do diretor, ou
do próprio ator, realmente não sei, o que sei, entretanto, é que o filme é
cheio de lugares comuns e nada de novo ou intrigante se dá nos 114 minutos de
filme para justificar a classificação como “suspense”.
A história é bastante recortada,
o vai e vem entre anos, normalmente não é um problema, mas nesse filme foi. Achei
que algumas transições foram bastante mal formuladas. O personagem narra sua
história para o detetive de polícia que o está investigando (veja só que
inventivo...), mas nem isso fica muito
claro. O detetive sai de cena da mesma forma que entrou, furtivamente. Seu
problema por ser condenado por homossexualismo (na época era crime na
Inglaterra) e ser obrigado a passar por um tratamento de “castração” hormonal
para não ter de ir para a cadeia, aparece com os terríveis tremores para as
mãos. Ora, todos sabem, que quando um homem toma estrogênio por mais de um ano,
os tremores são os menores de seus problemas!
Enfim, admito ser bastante
crítica, mas achei o filme um desperdício de boa história e de bons atores, mas
não é um desperdício de tempo, porque a história de Alan Turing vale a pena,
mesmo que contada de forma extremamente parcial.
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